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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Governo Zero


Versos de Vicente de Paula! Estrofes que estão no cordel: Governo Zero.
      
O Presidente da Republica
Só vive em um avião
Parece um passarinho
Voando no sertão
Ele tem mais horas de vôo
Do que um piloto de aviação

O Presidente fica voando
No avião Presidencial
O povo aqui em baixo
Continua passando mal
Ele não se preocupa
Para ele é legal

Ele não se preocupa
Com o bem estar dos Brasileiros
Fica pouco no Brasil
Demora mais no estrangeiro
Se gabando que é Presidente
Mas um dia já foi torneiro
☺☺☺☺☺☺☺

O Pecado!

            O que é pecado? É a transgressão que se faz contrariando os princípios morais e éticos contra outras pessoas ou contra divindades extras terrestres (Deus). Tem diversas classificações para os pecados por exemplos (pecado original, pecado mortal, pecado venal e etc.) quero dizer que todo pecado tem um pecador que peca se arrepende e volta a pecar novamente. As religiões ensinam que podemos pecar e se arrependendo 
seremos perdoados. Os homens contemporâneos são dotados de toda a sabedoria e é muito bem informado. Atualmente não se pode dizer que somos ignorarantes porque não somos. Todos sabem o que o bem e o que é o mau. Transgridem-se as leis são por fraquezas ou falta de controle emocional acho que todos deveriam. Fazer uma reflexão diária dos atos praticados e procurar corrigir. Mas infelizmente isto não acontece e muitos vivem as margens dos bons costumes e sempre fazem transgressões contra a natureza e aos semelhantes e até mesmo contra Deus. Espero ter contribuído um pouco com esta minha Crônica e sugiro para todos: os pontos fundamentais para sermos felizes: 1º respeitar a Deus, 2º A natureza, 3º O semelhante Porque somos a junção destas três coisas distintas.
Esperando um mundo melhor digo até breve. 

☺Vicente de Paula

Poesia em Homenagem aos professores!


Professor amigo

O Professor é o profissional
Que cuida da educação
Zela pelo colégio
Com muita dedicação
Ensina os alunos
Sem fazer distinção

Todos os alunos devem
Aos seus professores amar
Respeitando-lhes sempre
E ao estudo se dedicar
O Professor é amigo
E só quer lhe educar

Os Professores querem educar
Com grande satisfação
Cabe aos alunos
Na aula prestarem à atenção
Para depois terem
Diploma em sua mão

Somos Professores
Da rede Municipal
Trabalhamos com amor
E felicidade total
Porque somos o pilar
Do ensino fundamental

Ensinamos as crianças
E também aos adolescentes
Os alunos são bons
E os colégios excelentes
Procuramos a agradar
A todos realmente

A secretaria de Educação
Apóia-nos sem parar
Fazendo cursos
Para nos especializar
Aprendemos com amor
Com amor vamos ensinar

Somos Professores
Trabalhamos com amor
Nosso salário é baixo
Recebemos pouco valor
Pedimos para a Secretaria
Aumentar o Professor

Aumentando o nosso salário
Teremos mais liberdade
Quem pode fazer isto
É o Prefeito da cidade
Fazendo um plano
Para nossa felicidade

Ensinamos com amor
E muita dedicação
Trabalhamos serio
Respeitamos a profissão
Pedimos mais apoio
Da Secretaria de educação.

  Homenagem de vicente de Paula: 
Para todos os professores do mundo

Revista Cordel! "A Menor Revista do Mundo"!

Conversa com o leitor

          Olá! Estou de volta agora com a menor Revista do mundo. Atendendo aos pedidos de amigos, criamos e estamos lançando a nossa Revista com o nome Cordel. O nosso objetivo é criar um veículo para a divulgação da arte e dos artistas que vivem no anonimato e muitas vezes não têm a oportunidade de mostrar seu talento. Esperamos que o nosso trabalho seja bem aceito por todos. Vamos procurar fazer o possível e o impossível para que a nossa Revista cresça e seja reconhecida em todo o Brasil.

Marabá 01 de agosto de 2009 
Vicente de Paula                                                                   

Tenho Saudades do Tempo do Cruzeiro (CR$)



No final da década de 80 e no início dos anos 90, a nossa moeda passou diversas vezes por mudanças e desvalorizações. Primeiro foi o cruzado, depois cruzado novo, voltou para o cruzeiro, depois veio o cruzeiro novo e cruzeiro real e ainda tinha a famosa URV (unidade real de valor). Eu sou testemunha de todas estas mudanças e senti na pele todas as conseqüências que elas causaram. Finalmente, no ano de 1994, veio o Real (R$), desvalorizando o cruzeiro em 2.750 vezes. Nesta época eu tinha uma mercearia e vendia muitos cereais. Ainda me lembro que um pacote de arroz de boa qualidade custava 4.111.00 cruzeiros. Com a conversão da tablita para o real, passou a custar R$ 1,49. O salário mínimo vigente era R$ 70,00, que dava para comprar, então 47 pacotes de arroz. Nos dias de hoje, o mesmo arroz custa R$ 13,00 e o salário mínimo vigente é de R$ 465.00, que dá apenas para comprar 35 pacotes.
            O que admiro são os governantes, a imprensa e os técnicos em economia afirmarem que nestes 15 anos tudo melhorou. Na realidade, isso é uma inverdade, porque o poder de compra caiu em aproximadamente 34%. Para o salário atual ter o mesmo poder de compra que tinha em 1994 teria que ser de R$ 611.00.
            Mas com esta política salarial de hoje, está longe de chegar a este patamar e ganhar o mesmo poder de compra que tinha antes.
Se você sair perguntando para as pessoas o que acham do desempenho deste governo formulando três perguntas que são: “Bom? Ruim? ou Ótimo?”, a maioria vai responder “ótimo”.
            O resultado desta resposta é fruto de uma campanha que o governo faz promovendo ações sociais realizadas em beneficio de alguns seguimentos. A maioria da população se deixa levar por campanhas publicitárias patrocinadas por grupos empresariais que “mamam nas tetas” do governo e não questionam, aceitando tudo de ruim resignados e ainda batem palmas para os governantes.
            Mas nem tudo está perdido. Felizmente, ainda tem uma boa parte da população que questionam e protestam, não aceitando as manobras eleitoreiras de políticos que só querem o voto no dia das eleições.
        Estamos a postos para nas eleições de 2010 darmos uma resposta negativa a estes “democratas” que na verdade são anti-sociais e se aproveitam do poder em beneficio próprio. 
☺Vicente de Paula. Este artigo foi publicado na edição nº 10 em dezembro de 2009  "Jornal correio da Vila"

 


Almanaque Rei do Relógio 2010



Tempo do Almanaque

Já vai longe o tempo dos Almanaques. Há muitos anos, era comum, os grandes laboratórios farmacêuticos publicarem e distribuí-los através das farmácias. 
Eu fui amante da leitura e também me dedicava a colecioná-los e sempre tive vontade de criar e editar o meu. Agora chegou a oportunidade e estou lançando o primeiro “Almanaque Rei do Relógio” que fiz com muita dedicação e carinho. Procurei modernizar o seu conteúdo, mas não fugindo a regra, porque um Almanaque tem que ser um Almanaque.

Produção e distribuição Rei ARTZ Produções. Ano: 01 Edição Nº 01 Preço R$ 3,00

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lista de cordéis de "Vicente de Paula"

 Lista de cordéis de “Vicente de Paula”

1. A Feira de Marabá
2. Marabá Ontem e Hoje Noventa E Cinco anos de História
3. A Saga do Diabo
4. Aborto nunca
5. O Pobre e o Rico
6. Vida de Sacoleiro
7. Escravidão “A vida de Zumbi dos Palmares”.
8. Governo Zero
9. O Avesso da vida
10. Lampião o Cangaceiro
11. A Santa Inquisição
12. A Vida de Hitler
13. Mazzarpi: o ídolo do humor
14. Teixeirinha: O Rei do Disco

Pelo céu e Pelo Inferno



Pelo céu e Pelo Inferno
De uma feita era já muito tarde, e a portaria do Céu estava a encerrar-se, por sinal São Pedro com um grande molho de chaves estava a torcer os ferrolhos das Celestes portas do Paraíso já tinha até um dos portões fechado quando ouviu mançamente do lado de fora ruídos de uns dedos que batiam discretamente O velho chaveiro, pois a cabeça por entre o portal:
— Que á lá camarada?
Era um rapaz ainda moço o rosto muito fresco, mas com uma melancolia nos olhos, como que se estivesse com saudades da terra:
—Quer entrar não é?
Perguntou São Pedro,
— Entre aqui pela portaria enquanto eu examino o livro do dia.
— É sempre assim vocês chegam sempre na última hora, quando expediente esta a encerrar-se:
— Mas eu morri a pouco e o caminho é longo:
— Longo! Mas quem se vê com a cacetada sou eu!
São Pedro, pois o óculo subiu na estante e pegou o livro, do dia:
— Diga lá como se chama?
— Manoel José da Silva do Maranhão morri hoje!
Manoel! Manoel! Manoel! Murmurou São Pedro folheando os papéis.
— Não há aqui um Manoel todos já está ai dentro o seu lugar é no inferno!
O que fazer se a gente depôs de morto não pode ficar ai as estrelas no olho da rua, o pobre finado tomou o caminho da casa do demônio.
Em lá chegando não encontrou nenhum São Pedro fechando portas. A recepção no inferno é diferente o expediente nunca se fecha, quando chegou havia uma grande multidão: A escrita do inferno é muito bem organizada em um quarto de hora pode saber todo o movimento da casa.
 Finalmente chegou a sua vez:
— Não faças cerimônias cavalheiro a casa é sua!
— Diga-me o seu nome?
— Manoel José da Silva do Maranhão! Morri hoje.
Não levou muito tempo. Para que o diabo lhe desencanasse.
— O seu nome não esta aqui o cavalheiro é do Céu: Mas eu já estou vindo de lá! E São Pedro disse que meu nome não estava lá,
— O senhor acaba de me dizer que São Pedro já estava fechando o expediente, quem nos garante que são Pedro com a pressa de ir se deitar examinou todos os livros, lá no Céu tem mais livros, aquela escrita está toda desorganizada São Pedro desorganizou tudo o senhor volta para o Céu o senhor morreu hoje tem que entrar hoje é de lei, olhe eu não lhe ofereço uma pousada aqui porque estamos de relações cortadas com os Celestes e não podemos hospedá-los.
O pobre finado voltou para céu. Encontrando tudo fechado bateu que quase arrebentou a porta, apareceu São Pedro sonolento esfregando os olhos:
—Você outra vez eu já lhe disse que o seu lugar é no inferno!
— Mas lá também não o foi encontrado meu nome talvez o senhor tenha se enganado tenha a bondade de verificar novamente!
Ele pediu com tanta humil­dade que São Pedro cedeu.
— Entre!
— Diga o seu nome?
— Manoel José da Silva do Maranhão morri hoje fui tratado pelo Dr. Bandeira.
Pelo Dr. Bandeira!
São Pedro deu uma pancada na testa:
— Porque não disse logo o seu nome esta aqui você tinha que morrer daqui a quinze anos. Mas foi tra­tado pelo Dr. Bandeira morreu hoje todas as pes­soas tratadas pelo Dr. Bandeira sempre morrem antes do tempo, mas sempre tem a recompensa do Céu

Li esta história quando tinha 11 anos de idade e decorei.
Foi escrita por Viriato Correia em parceria com João do Rio.
Do livro intitulado, Era uma vez.
☺Vicente de Paula

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Aborto Nunca


 Aborto Nunca

Literatura de cordel de Autoria de:
Vicente de Paula
Com: 14 Estrofes e 84 Versos no modelo 
sextilha. Escrito em Maio de 2008

  “Sextilha”
Estrofe de seis versos de sete sílabas, com 
o segundo, o quarto e o sexto rimados; 
verso de seis pés, colcheia, repente.


Tem muito deputado
Querendo o aborto legalizar
Isto é um crime
O povo tem que protestar
E nas próximas eleições
Neles não votar

O ministério da saúde
Defende a pílula e o aborto
Deixa o que é direito
E apoio o que é torto
Me admiro o ministério
Dar ouvido ao capiroto

Aborto é um crime
Previsto na legislação
Mas o governo quer
A sua legalização
Temos que lutar
Contra esta perversão

Mas tem o outro lado
Que defende o embrião
As comunidades católicas
Fazem campanha na televisão
Defendendo a vida
E fazendo uma nova canção

Tem o professor Aquino
Que não cansa de falar
Defende a vida
Antes de ela começar
E no seu programa ensina
Para as mães não abortar

A TV Canção Nova
Faz campanha e publicidade
Tentando evitar
Que se faça esta maldade
Mas o governo insiste
Do aborto legalidade

O diabo inspira
Senador e deputado
Para criarem lei
Do aborto legalizado
Mas tenho fé em Deus
Que vai ser rejeitado

Peço dia e noite
Para Deus iluminar
Quem governa o Brasil
Ou quem vai governar
Que façam o que é certo
E não deixe o aborto legalizar

Quem aborta filho
Faz grande maldade
Mata um inocente
Com grande crueldade
Se não se arrepender
Vai sofrer na realidade

Todos têm o direito de nascer
Para ser tornarem cristão
Lembre que você
Já foi um embrião
Mas se fosse abortado
Nunca seria um cidadão

Façam campanhas
Para as autoridades acordar
E reflitam bem
O que eles vão votar
Que votem a favor da vida
E não a favor de matar

Espero que com os meus versos
Tenha dado minha contribuição
Para que reflitam
E façam a consideração
E voltem atrás
E mudem de opinião

Termino este cordel
Com alegria e felicidade
Que Deus me ajude
E me livre da maldade
Para que eu seja
O mensageiro da verdade

A todos eu agradeço
Dizendo muito obrigado
Temos que falar a verdade
Não devemos ficar calado
Com este cordel 
Eu dei o meu recado 
FIM


segunda-feira, 26 de abril de 2010

BENDITA CHANANA


BENDITA CHANANA!

                Foi em um domingo do mês de outubro do ano de dois mil e oito que este fato aconteceu. Eu fui acometido por uma forte crise de cólica Renal, Após ter passado mal a noite toda.
              No domingo bem cedo fui ao Hospital Municipal para ver se eles me davam um remédio para passar aquela terrível dor.
Quando cheguei, só havia uma atendente na recepção. Eu a cumprimentei e lhe falei que precisava de uma consulta ou mesmo que me fosse aplicado um analgésico, Para aliviar aquela dor que eu sentia. A resposta dela foi taxativa:
―hoje não tem médico! Então eu pedi que me fosse aplicado um analgésico e ela respondeu o enfermeiro não poderia aplicar remédio, sem autorização do médico. Eu fiquei enfurecido e lhe disse:
―se este Hospital não tem médico, vocês deveriam fechar esta M...
Sai dali enfurecido. Entrei na primeira Farmácia, que vi e pedi ao farmacêutico que me aplicasse qualquer coisa para aliviar aquela dor. Ele não queria, mas com muita insistência resolveu me medicar e logo a dor passou.
Contando esta historia para um amigo, ele me ensinou que eu tomasse o chá de uma planta que se chama chanana junto com chá de quebra pedras. Fiz uso deste remédio por um bom tempo e fiquei completamente sarado. 
POR ESTA E POR OUTRAS QUE EU DIGO:  
MALDITO HOSPITAL E BENDITA CHANANA! 

Vicente de Paula

APRENDI A LER LENDO GIBI!

APRENDI A LER LENDO GIBI!  

Eu entrei na escola com nove anos de idade. Freqüentei a escola por apenas um ano e meio e fui expulso porque eu era problemático (as proessoras não agüentavam as minhas “artes”). Com onze anos incompletos, só alfabetizados, escrevia muito mal, não sabia ler. Mas naquela época era muito comum crianças e adolescentes lerem gibis, do Tio Patinhas, Fantasma, entre tantos. Eu comprava e trocava muitos gibis e lia todos. Lia muito. Fiquei bom de leitura, mas tinha outro problema: escrevia muito mal e não sabia quase nada de matemática. Mas estes problemas foram resolvidos quando eu tinha quinze anos. Um senhor que escrevia jogo do bicho me chamou para trabalhar com ele. Foi Anotando apostas que eu então pe¬guei muita pratica com a escrita porque fazia isto todos os dias. Também fiquei bom na matemática porque somava, dividia, multiplicava e subtraia o dia todo. Mas ainda tinha mais um problema: eu não sabia nada sobre História universal! Então apareceu um homem destes, vendedores de enciclopédia e me ofereceu. Comprei uma coleção Delta Universal, com quinze volumes. Mergulhei na leitura daqueles livros, e passei a ter um conhecimento maior em todos os seguimentos da sociedade: Esses conhecimentos me satisfaziam, mas após a década de noventa com a era da informática, novamente eu estava atrasado porque não sabia nada do assunto,    não sabia nem como ligar um computador! Mas por um bom tempo eu me acomodei, e agora no ano de dois mil e oito comprei um Computador e fiz um curso básico de informática.  Estou indo muito bem e espero nunca parar de estudar. Pois neste mundo cibernético não existe a palavra fim. Aconselho que todos entrem na escola e aprendam Informática. Você vai ver que aprendendo. Outro mundo surgira a sua frente. E você estará apto para a concorrência atual da Globalização.
Vicente de Paula.

domingo, 25 de abril de 2010

A Vida de Sacoleiro




A VIDA DE SACOLEIRO
CORDEL DE AUTORIA DE VICENTE DE PAULA
 
Literatura de cordel de Autoria de: Vicente de Paula
Com: 16 Estrofes e 96 Versos no modelo sextilha. 
Escrito em Setembro de 2008

 “Sextilha”
Estrofe de seis versos de sete sílabas, 
com o segundo, o quarto e o sexto rimados; 
verso de seis pés, colcheia, repente.


 No Brasil tem muito
Camelô e sacoleiros
Todos trabalhando
Para ganhar Dinheiro
Porque falta emprego
Para os Brasileiros

Faltando emprego
Publico ou particular
O cidadão honesto
Precisa trabalhar
Torna-se sacoleiro
Para o dinheiro ganhar

Para o dinheiro ganhar
Do Brasil ela sai
Para comprar mercadorias
Seu destino é o Paraguai
Quando da sorte
Na mão da federal ele não cai

Vai para o Paraguai
Sempre em uma excurção
Quando vai leva dinheiro
Não dorme com medo do ladrão
Quando volta também não dorme
Com medo da fiscalização     

Chega a Foz do Iguaçu
Em hotel fica Hospedado
Atravessa a ponte da amizade
Do rio Paraná afamado
Para pegar mercadorias
Atravessa do outro lado

Troca o Real pelo Dólar
Porque o guarani é desvalorizado
Na hora da compra fica esperto
Para não ser enrolado
Todo cuidado é pouco
Muitos já foram tapeado

Na cidade Del Leste
Ele compra sem parar
Quando está tudo comprado
O problema é atravessar
Ai ele contrata um mula
E do outro lado vem esperar

O mula entrega as mercadorias
E Recebe o seu dinheiro
Volta para o Paraguai
Para atender outro sacoleiro
Eles não se cansam
Porque fazem isto o dia inteiro

À noite ele não quase não dorme
Fica com grande aflição
Pensando nas barreiras
Do mosqueiro e do barracão
Bem cedo ele acorda
E faz a sua oração

Arruma as suas tralhas
E coloca no bagageiro
O ônibus sai a toda
Porque o motorista é estradeiro
O guia diz façam oração
Para N. Senhora do sacoleiro

Passa o primeiro Posto
Ele se sente aliviado
Mas o medo continua
De no outro ser parado
Quando passa no segundo
Ele fica descansado

Fica descansado
Mas não para de pensar
Que pode ser parado
Em outro lugar
E a Policia Federal
Suas coisas tomar

Conheço um sacoleiro
Que é muito corajoso
Foi pego na estrada
E perdeu o despojo
De lá mesmo ele voltou
Para comprar tudo de novo

Tem sacoleiro
Que viaja diariamente
Já acostumou
Pra ele é indiferente
Quando ele perde tudo
Volta novamente

A Policia Federal gosta
De arrochar o cidadão
Humilha o coitado
E faz judiação
Toma as mercadorias
E faz autuação

Autua o sacoleiro
Na lei do contrabando
O coitado responde
Como se fosse malandro
A Policia esquece
Que sacoleiro é um anjo