Foi no dia 18 de julho de 1996 que cheguei a Marabá, trazendo na minha bagagem apenas algumas roupas já muito surradas e poucas mercadorias diversas, que não passava de mil reais o valor total e o dinheiro que tinha em espécie era R$ 7,00.
Logo ao chegar fui para a casa de um primo (já falecido) que se chamava Jaime Lopes dos Santos morador na folha 18 Nova Marabá que junto com sua esposa Dinah Matos dos Santos me receberam e me hospedaram com muita cordialidade, local onde passei um bom tempo. Tenho muito a agradecer, pois eles foram muito generosos comigo. Eu estava saindo de um casamento de 20 anos e de uma falência generalizada, pois tinha perdido todos os meus patrimônios materiais e só me restava coragem para trabalhar e muita autoconfiança no meu potencial. Logo comecei a trabalhar exatamente no dia 20 de julho vendendo minhas bugigangas na feira da Velha Marabá, local onde estou até os dias de hoje.
Nestes últimos 15 anos consegui pouco em relação ao o que eu tinha antes da falência em 1996, mas estou sobrevivendo.
Não posso deixar de mencionar meus agradecimentos a Antonia Maria dos Anjos que também me ajudou muito na minha jornada após a falência.
Tenho muito a agradecer a todos os Marabaences que me receberam de braços abertos e me prestigiam até hoje. Atualmente tenho uma banca de vendas e consertos de relógios na feira da Velha Marabá local onde também vendo meus livrinhos de Cordel.
Convido todos a virem me conhecer pessoalmente para contamos uns "causos" e prosearmos um pouco. É só me procurar na Banca do Rei do Relógio (Barraca nº 15).
O jornal Correio do Tocantins publicou esta semana uma reportagem que fala do descanso sobre o Camelódromo que foi prometido aos feirantes da Velha Marabá a 2 anos e que ainda nem foi começado as obras. Fato que inspirou Vicente de Paula a escrever o cordel Fio de Esperança que fala tudo em versos.
Nos tempos primórdios os homens viviam em perfeita harmonia com a natureza, tudo era natural. Mas em nossa era contemporânea estamos longe de ter uma vida saudável, pois somos obrigados a recorrer a meios artificiais que muitas das vezes nos prejudicam e deixam sequelas irreparáveis que sempre abreviam os nossos dias ou nos dão uma péssima qualidade de vida. Os alimentos são acompanhados de varias substancias tóxicas que vão deixando resíduos em nossos organismos que com o passar do tempo acabam causando varias enfermidades. Como acontecem com os alimentos, outros fatores também contribuem para a nossa ruína: por exemplo, quando os homens mal sabiam falar, 100% dos partos eram realizados espontaneamente de modo natural, pois não existia Cesariana, ou coisa parecida para o nascimento de um bebê, ao contrario de nossos dias que está tendo uma grande percentagem de partos feitos por meios artificiais o que acho ser um absurdo, pois as maiorias das mulheres têm condições de terem seus filhos por meios naturais, mas muitas vezes por ganância dos profissionais da Saúde que são mais bem renumerados quando executam uma intervenção cirúrgica submetem então as pobres pacientes a tais tratamentos quando na verdade seria mais viável e mais barato o parto normal. É obvio que, em certos casos, uma cirurgia é realmente necessária isto não se discute. Em minhas especulações cientificas, cheguei a uma conclusão lógica para outro fator muito interessante. Vamos lá: como sabemos os seres humanos, os animais e os vegetais têm o seu tempo de crescimento que começa na concepção e vai até a idade adulta. Contrariando este princípio, as jovens e as adolescentes vestem roupas muito apertadas em seus corpos que atrofiam a dilatação dos quadris causando atrofia dos mesmos que doravante vão dificultar o parto normal nestas futuras mamães. Infelizmente estes são os tributos que pagamos pela evolução.