Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac.
(Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 — Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918) foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac, após o término da educação, iniciou o curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que não chegou a concluir. Tentou, então, a Faculdade de Direito de São Paulo que também não concluiu.
De volta ao Rio de Janeiro, passou a dedicar-se à literatura. Começou a trabalhar no jornal A Cidade do Rio, ao lado de José do Patrocínio. Neste jornal, conseguiu ser indicado correspondente em Paris no ano de 1890. De volta no ano seguinte, iniciou o romance O esqueleto, em colaboração com Pardal Mallet, que foi publicado no jornal Gazeta de Notícias em forma de folhetins e sob o pseudônimo de Vítor Leal.
Publicou diversas crônicas literárias no jornal A Notícia e colaborou com outros tantos jornais como A Semana, Cosmos, A Cigarra, A Bruxa e A Rua. Na qualidade de jornalista, foi grande incentivador do serviço militar obrigatório e da criação do Tiro de Guerra.
É como poeta, contudo, que Bilac se imortalizou. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.
Ave Maria
Olavo Bilac
Meu filho! Termina o dia...
A primeira estrela brilha...
Procura a tua cartilha,
E reza a Ave Maria!
O gado volta aos currais...
O sino canta na igreja...
Pede a Deus que te proteja
E que dê vida a teus pais!
Ave Maria!... Ajoelhado,
Pede a Deus que, generoso,
Te faça justo e bondoso,
Filho bom, e homem honrado;
Que teus pais conservem aqui
Para que possas, um dia,
Pagar-lhesem alegria
O que sofreram por ti.
Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranqüilamente,
Se disseres satisfeito:
“Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém.”.
Procura a tua cartilha,
E reza a Ave Maria!
O gado volta aos currais...
O sino canta na igreja...
Pede a Deus que te proteja
E que dê vida a teus pais!
Ave Maria!... Ajoelhado,
Pede a Deus que, generoso,
Te faça justo e bondoso,
Filho bom, e homem honrado;
Que teus pais conservem aqui
Para que possas, um dia,
Pagar-lhes
O
Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranqüilamente,
Se disseres satisfeito:
“Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém.”.
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